Volta às aulas envolve toda a família

Ana Luísa Delduque, 10 anos, conta com o apoio dos pais, Danielle e Jônathas, para enfrentar o 6º ano do ensino fundamental. Crédito foto: Minervino Junior/CB/D.A Press. Brasil. Brasília - DF.
Ana Luísa Delduque, 10 anos, conta com o apoio dos pais, Danielle e Jônathas, para enfrentar o 6º ano do ensino fundamental.
Crédito foto: Minervino Junior/CB/D.A Press. Brasil. Brasília – DF.

O planejamento começou no ano passado. Troca de uniforme, mochila da moda, caneta, compra de livros e apostilas. Tudo para iniciar o ano letivo. Depois das férias, o retorno à escola não envolve somente a ansiedade de encontrar os colegas e de saber quais serão os próximos professores. É tempo de mudança. Toda fase avançada gera também uma expectativa, tanto no aumento no número de matérias quanto na cobrança de um desempenho cada vez melhor para alcançar o sucesso. Hoje, cerca de 100 mil estudantes dos ensinos fundamental e médio de colégios privados do DF darão início às aulas.

Muitos deles com desafios como encarar a vida adulta após a última fase da educação básica. Outros terão a tarefa de se acostumar com currículo e rotina diferentes. Ana Luísa Ayres Delduque, 10 anos, por exemplo, tinha quatro professores no ano passado. Com o avanço do ensino fundamental 1 para o 2, ela passará a ter aulas com 28 docentes. Longe de ter medo, ela mantém a empolgação nos olhos atentos e nos detalhes sobre as novidades. Conta para os pais, Danielle e Jônathas Delduque, ambos de 39 anos, onde será a aula de inglês e com qual amiga estudará. Descreve como foram as aulas experimentais, de adaptação à nova rotina no Galois, colégio em que estuda desde o 1º ano. “Vou chegar mais cedo para pegar um lugar na frente. Comprei também um fichário para anotar tudo”, diz Ana Luísa.

A independência e o amadurecimento para a nova fase não mexe somente com as crianças. O gosto pela leitura e pela matemática sempre foi estimulado pelos pais. Eles acompanham cada tarefa e são os alicerces de Luísa com as dúvidas. Com o início do ano letivo, a mudança não é só na cabeça e na rotina dos estudantes, mas de toda a família. “Agora, ela vai almoçar três vezes na semana fora de casa para entrar no inglês às 14h. Vai ser um desafio para mim, pois somos muito ligadas. Sei que, a partir de agora, ela precisa trilhar alguns caminhos sozinha, mas ainda é complicado”, explica a mãe.

Dar adeus aos dias de descanso das férias não é simples. A volta às aulas traz desafios, como novos horários, nível de exigência reforçado e colegas diferentes.

De acordo com Nei Vieira, diretor pedagógico do Ensino Fundamental II no Colégio Galois, as dificuldades em relação à adaptação são bem diferentes em cada segmento da vida escolar. “A adaptação costuma ser mais difícil na pré-escola, quando as crianças têm entre 3 e 5 anos. Neste período, elas são muito ligadas à família e têm mais dificuldade em voltar a passar boa parte do dia longe dos pais. Mas também é desafiador para aqueles que estão começando o 6º ano e vão passar a conviver com mais professores, matérias e deveres”, orienta o professor. Para ele, os primeiros dias na escola são sempre difíceis. “Tanto é que chamamos de período de adaptação. Adaptação dos alunos, que chegam a um ambiente novo, diferente e desconhecido, e adaptação dos pais, que também sofrem com a ansiedade e o medo da reação da criança”, explica.

Para que esses alunos não sofram com as mudanças, Nei aconselha que pais e escola acompanhem bem de perto as dificuldades. “Os pais, como educadores natos, também devem participar ativamente desse momento. Cabe aos responsáveis mostrar aos filhos que não estão sozinhos diante dos novos desafios”, orienta o professor.

Blog Edson Machado com informações e fotos do Correio Braziliense.

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