Pesquisa aponta que curso técnico acelera entrada no mercado de trabalho

Um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), encomendado ao Ibope, aponta que 90% dos entrevistados acreditam que pessoas com formação em curso técnico têm mais oportunidades no mercado de trabalho. A pesquisa ouviu 2 mil pessoas a partir de 16 anos em 143 municípios. Dos entrevistados, 53% apontaram o ingresso mais rápido no mercado de trabalho como uma das três principais razões para fazer um curso profissional. Em relação aos salários, 82% concordam  total ou parcialmente que os profissionais com certificado de qualificação profissional têm salários maiores do que aqueles que não têm um diploma.

A melhor remuneração também foi citada por Henrique Baron que, aos 16 anos, decidiu seguir os passos do avô e do pai, que cursaram o ensino técnico. “Percebi que o curso me colocou no mercado de trabalho de forma mais privilegiada. A qualificação é um grande pré-requisito para conseguir um emprego. E a remuneração é maior, também”, relatou Baron. Hoje, com 20 anos, o jovem ingressou no ensino superior no curso de engenharia mecânica e relata que o ingresso no mercado de trabalho proporcionado pelo ensino técnico se traduz em benefícios na continuidade dos estudos. “Ao chegar no ensino superior, quem tem curso técnico já vem com um conhecimento prático e, então, tem mais facilidade ao longo do curso. E também começa a vida profissional mais cedo. O tempo de experiência maior é algo que conta muito no momento de buscar emprego”, explicou.

Trabalhar com o que gosta também é a realidade de Bernardo Ferreira, 28 anos. Apenas dois meses no curso técnico de panificação, no Centro Universitário IESB, foram suficientes para que ele conseguisse um emprego na área. “Como não tinha experiência neste segmento, o curso técnico foi fundamental para conquistar meu primeiro salário”, conta Bernardo, que pretende continuar os estudos. “Quando terminar este curso quero começar outro. Meu objetivo é agarrar estas oportunidades ao máximo para garantir meu sucesso profissional e melhorar minha carreira”, disse animado.

Entre os jovens de 16 a 24 anos, a pesquisa aponta que a maioria está no ensino superior (18%), seguido do ensino médio (15%) e do ensino fundamental (5%). O ensino profissional é opção de apenas 3% deles, mesmo percentual dos que fazem ensino médio vinculado ao técnico. “Historicamente, a educação profissional não foi prioridade na educação do país e agora isso está mudando. Nossa lógica era voltada para a universidade, mas 80% dos jovens que saem da escola não vão para a universidade e eles precisam de uma oportunidade para ingressar no mercado de trabalho”, disse Rafael Luchesi. A maior parcela dos que cursaram ou cursam o ensino profissionalizante estudaram em entidades do Sistema S, 37% estudaram na rede privada e 20%, na rede pública. A expansão do ensino técnico é uma das prioridades do governo federal que criou, em 2011, o Pronatec. De acordo com a Agência Brasil, as entidades do Sistema S são as principais parceiras do governo no Pronatec.

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